As lojas de material de construção venderam menos do que o esperado em 2014 e nem as reformas de fim de ano devem salvar o faturamento.
Dona Elza vai reformar dois banheiros. “Comprei piso, azulejo e vaso sanitário”, conta Elza Souza, dona de casa.
Cliente assim é tudo que os vendedores querem. É que, até agora, 2014 não foi dos melhores. A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO) esperava crescer 3,5% neste ano. Agora, acredita que vai ficar nos 2%.
“Foi um ano muito aquém do esperado, uma vez que tivemos a Copa do Mundo e também as Eleições. Houve vários dias que se trabalhou a menos, então, com isso, matou alguns dias de trabalho e de vendas, consequentemente”, diz Rui Fidelis, presidente da ACOMAC-MG.
Em novembro, especialmente, foi assustador em algumas regiões: o Sudeste vendeu 44% menos material de construção; o Centro-Oeste, 47%; e o Sul, 37%.
Só os lojistas do Nordeste (49%) e do Norte (41%) fizeram bons negócios. Entre os materiais que puxaram essa queda estão as telhas (-8%), cerâmicas (-5%) e cimento (-3%).
Seu Pedro vai reformar a casa, mas o primeiro item da lista dele é… “Cautela. Eu estou apreensivo para o ano que vem, saber como nós vamos começar o ano que vem”, conta Pedro Celso Andrade, representante comercial.
No fim do ano, muitas famílias aproveitam o décimo terceiro para reformar a casa para o Natal, mas nem essa tradição anima. Um estudo ouviu 530 lojistas país afora mostra que a maioria acredita que, em dezembro, as vendas irão cair.
As lojinhas menores, de bairro foram as que mais sentiram o impacto. Nas maiores, o desafio é manter, pelo menos, os 4% de aumento nas vendas registradas no Natal de 2013.
René reformou a cobertura para receber 20 pessoas no Revéillon. Ainda tem material para comprar. “A gente tem que realmente fazer as coisas com o pé no chão, para que, lá na frente, não reflita diretamente na gente”, diz o microempreendedor René Rodrigues.
Fonte: Portal G1