NFC-e: a mobilidade que o varejo brasileiro esperava

A NFC-e representa um marco de inovação para o varejo brasileiro porque com esse novo modelo de documento eletrônico nas operações com o consumidor final as lojas finalmente podem adotar o modelo do PDV mobile na sua essência, eliminando as filas, melhorando a experiência do cliente na loja e conseqüentemente, aumentando suas receitas.Segundo estudos recentes publicados pelo IHL Group, o mercado de soluções mobile para PDV na América do Norte superou os US$ 2 bilhões em 2013. Ou seja, empresas de varejo dos Estados Unidos e Canadá desembolsaram esse montante para ter em suas lojas alguma solução que permitisse a venda através de dispositivos mobile. Nessa conta, menção honrosa para o iPad, que segue líder na escolha dos lojistas como principal substituto da antiga caixa registradora.
Apesar de a mobilidade ser o principal benefício para o lojista na adoção da NFC-e, ela não é o único. Devemos citar também:

Redução de custo

A possibilidade de utilizar qualquer tipo de impressora torna a aquisição desse tipo de equipamento mais barata em detrimento das antigas impressoras fiscais homologadas pelo Fisco. Como as notas são eletrônicas, não há obrigatoriedade da impressão do cupom, reduzindo também a utilização de papel.

Simplificação das obrigações acessórias

A utilização do antigo ECF aumenta também o trabalho da área fiscal das empresas. Todo conteúdo da memória das impressoras fiscais deve ser posteriormente transmitido à Secretaria de Fazenda (Sefaz) do estado através de arquivos que são gerados num formato pré-determinado pelo Fisco, com a utilização da NFC-e, todas as informações são transmitidas em tempo real eliminando a necessidade de envio desses arquivos adicionais.
A operação de um ECF também requer alguns processos adicionais para garantir o controle do Fisco sobre as vendas realizadas na loja. Diariamente no fechamento do caixa o estabelecimento deve imprimir a Redução Z – que é um relatório demonstrativo de todas as vendas realizadas por aquele equipamento – e deve escriturá-la nos livros fiscais da empresa, já com o novo modelo proposto pela NFC-e. Não é necessário mais nenhum processo complementar na hora de fechar o caixa, que inclusive pode ser fechado e aberto novamente a qualquer momento, a depender da necessidade do lojista.

Segurança

A assinatura digital necessária para a emissão da NFC-e garante a autoria e a integridade do documento, impedindo falsificações e a alteração de informações caso o conteúdo do arquivo enviado à Sefaz seja interceptado por terceiros.
Atualmente, 25 estados já anunciaram a adesão ao modelo da NFC-e e trabalham para permitir que os contribuintes possam substituir completamente o antigo ECF ainda esse ano. Amazonas e Rio Grande do Sul, por exemplo, já publicaram decreto instituindo a obrigatoriedade gradual para determinados tipos de contribuintes emitirem NFC-e, sinalizando para uma adoção completa ao novo modelo até o final de 2015.
Apenas Santa Catarina e Amapá ainda não se pronunciaram quanto à possibilidade de adesão ou não da NFC-e em seus estados. Isso porque essas duas UFs já trabalhavam em outros projetos que também visavam substituir o atual modelo de emissão de cupons fiscais. Mas como esses projetos não receberam apoio em nível nacional, acabaram sendo engolidos pela NFC-e.
Por fim, espera-se que o biênio 2014/2015 represente um grande avanço tecnológico para o varejo no Brasil, e que com esse avanço o varejo possa contribuir com uma parcela maior do nosso PIB, gerando novos empregos e garantindo crescimento do segmento no mercado brasileiro.

Fonte: Computer World – Luis Pessoto é diretor de Operações da Dootax Soluções Fiscais

Posts relacionados

Nosso time vai entrar em contato com você

Abrir bate-papo
Olá 👋
Como podemos ajudá-lo?