Em entrevista à CDTV, do Convergência Digital, Marco Antonio Zanini, diretor da NFe do Brasil, uma empresa da Globalweb Corp., adverte que os Estados estão cometendo um erro estratégico com a adoção da Nota Fiscal do Consumidor, considerada a última etapa de uma estratégia do governo para usar a TI para ampiar seu poder de fiscalização tributária.
“Está faltando um consenso. Ao contrário da Nota Fiscal eletrônica, onde houve um acordo entre os Estados, a NFC-e está sendo adotada de forma distinta. São Paulo baseia sua solução no Hardware. Outros Estados, como o Rio Grande do Sul e o Amazonas apostaram no software, que é, na nossa visão, a opção mais inteligente e de menor custo. Mas não há um consenso e isso pode criar mais problemas ainda para quem lida com a NFC-e”, salienta Zanini.
O executivo da NFe do Brasil assume que a digitalização amplia os custos das pequenas e médias empresas. “Elas estão tendo que mudar a forma de prestar contas. Há a exigência de uma organização muito maior dos documentos. Temos que pensar no seguinte: Um restaurante emite 1000 notas fiscais por dia. Esse é um volume muito grande e impõe regras de controle que as PMEs não têm”, diz. Acompanhe a íntegra de entrevista de Marco Antonio Zanini à CDTV.
Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica
A Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica simplifica o processo de venda, facilita a guarda de arquivos para o consumidor, elimina equipamentos para o comerciante e, para o Fisco, permite ter acesso em tempo real às informações. Dados da Receita informam que, atualmente, estão emitindo NFCe 32 empresas em sete Estados: Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe.
De acordo ainda com dados do Fisco, já foram emitidas mais de cinco milhões de NFCe com validade jurídica no Brasil. Quatro Estados regulamentaram a obrigatoriedade de uso da NFCe: Acre, Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
Fonte: Portal Convergência Digital