Nas vésperas da abertura do principal evento do setor de construção da América Latina, a Feicon Batimat, que começa dia 12, em São Paulo, estimativas do Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Inteligência, apontam que os brasileiros deverão gastar R$ 119,24 bilhões com material de construção neste ano. Esse total representa um aumento de 9% em relação ao gasto em 2012, que somou R$ 109,48 bilhões.
As classes B e C são as que mais gastarão. A classe B, responsável por 25,11% dos domicílios urbanos, é a que apresenta maior potencial de consumo nesse segmento: 41,09% de todo potencial de consumo provêm dela. A classe C, com 52,56% dos domicílios em áreas urbanas, responde por 36,73% do potencial de consumo da categoria, enquanto a classe A (2,72% dos domicílios) tem potencial de 17,08% e a DE (19,61% dos domicílios), de 5,10%.
Por região, o Sudeste tem o maior potencial de consumo, com 51,44%, seguido pelo Sul (17,70%) e Nordeste (16,28%). O Centro-Oeste tem um potencial de 9,04% e o Norte, de 5,54%.
Quando analisado o consumo per capita, a região Sul é a mais representativa, com um gasto médio anual de R$ 896,24. Em segundo lugar aparece o Centro-Oeste, com R$ 835,45. A região Sudeste aparece em terceiro lugar, com um gasto médio per capita de R$ 807,28. Depois aparecem o Norte (R$ 544,70) e o Nordeste (R$ 490,22).
O cruzamento de dados de região e classe social mostra que, ao contrário da média nacional, nas regiões Norte e Nordeste a classe C tem potencial de consumo maior. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, seguindo a amostra nacional, o consumo da classe B é superior ao das demais classes.
O potencial de consumo refere-se ao consumo domiciliar, ou seja, aquele comprado por pessoa física junto a varejistas do ramo, para reforma do lar ou construção da casa própria. Não inclui, portanto, os negócios realizados entre as construtoras e as indústrias de materiais de construção.
Fonte: IBOPE