As vendas de materiais de construção no País ficaram praticamente estáveis em julho, com uma leve variação de 0,3% ante igual mês do ano passado. Na comparação com junho deste ano a alta foi de 1%, e nos últimos 12 meses houve expansão de 3,9%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21/08) pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e se referem ao faturamento total deflacionado das vendas do setor. Em nota, a Abramat afirmou que as vendas de julho ficaram abaixo da expectativa.
O nível de emprego na indústria de materiais de construção em julho apresentou um crescimento de 1,7% em relação a julho do ano passado. Na comparação com junho deste ano ficou praticamente estável, com crescimento de apenas 0,4%.
Para 2012, a Abramat estima um crescimento de 3,4% da vendas. O número é menor que a projeção inicial do ano, de expansão de 4,5%. A associação disse que, para atingir as expectativas de vendas no ano, o setor depende de aquecimento do mercado nos próximos meses e de novas medidas de estímulo ao setor, como a desoneração completa do IPI dos materiais, e melhorias nas linhas de crédito no varejo, que vêm sendo pleiteadas, além de mais velocidade nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida.
O fraco desempenho das vendas vem pressionando para baixo o ritmo de produção da indústria de materiais de construção. Em julho, o nível de utilização da capacidade instalada da indústria caiu para 80%, o mais baixo nos últimos 12 meses.
O resultado é menor que os 86% registrados em julho de 2011 e inferior aos 83% de junho deste ano, de acordo com pesquisa divulgada Abramat. O custo da construção civil também cresceu 0,48% em julho de acordo com o indicador Custo Unitário Básico (CUB).
Fonte: Época Negócios