Após aumento robusto de 7% no mês de julho, as vendas de material de construção cresceram 1,6% no mês de agosto, em relação a julho deste ano, de acordo com a pesquisa divulgada hoje pela Anamaco – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção. O setor acumula crescimento de 2,5% nos últimos 12 meses e aumento de 1% na comparação 2012 sobre 2011 até agora. Na comparação com agosto do ano passado, o setor não apresentou variação.
Para o presidente da Anamaco Cláudio Conz, apesar da desaceleração na comparação com julho, o resultado foi suficiente para reverter os indicadores negativos. “Acredito que o desempenho deve melhorar a partir de setembro, pois é nesta época do ano que costumamos ter os melhores resultados em vendas”, afirmou. “O resultado de agosto foi diretamente impactado pelas contínuas promoções a respeito do fim da desoneração de IPI para automóveis e para a linha branca, que foram novamente prorrogados. Isso desviou a atenção dos consumidores, que adiaram as compras de material de construção. O lado positivo é que este adiamento tem prazo para acabar e a volta às compras acontecerá em breve; as obras tentem a ficar prontas antes do período de festas e de chuva”, disse.
De acordo com Conz, o anúncio da prorrogação da desoneração do IPI para materiais de construção até dezembro de 2013, anunciada na semana passada, também foi uma boa notícia para o segmento. “Isso permitirá uma melhor programação, principalmente das construtoras em seus planejamentos e lançamentos, ajustando os valores dos imóveis e suas encomendas antes do aumento de preços”, explicou.
Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a partir deste mês entram na lista de materiais de construção com alíquota zerada os pisos laminados, de madeira e vinílico, além de placas de gesso (drywall). A renúncia fiscal estimada para 2013 é de R$ 1, 8 bilhão.
De acordo com a pesquisa deste mês, apenas 4% das lojas de material de construção pretendem demitir funcionários neste segundo semestre. 66% pretende manter o quadro como está e 31% pretende contratar, sendo que 40% pretendem contratar mais 5% e 36% pretendem contratar mais 10% dos seus quadros de colaboradores.
Fonte: Anamaco